aruan mattos | flavia regaldo
  • AINDA QUE DURA
    • VISTAS
    • MONOTIPIAS
    • DESENHOS
    • MARCOS
    • PAINEIS
    • OBRAS
    • TEXTOS >
      • BH_SERRAS_PEDREIRAS
      • HIATO
      • GRAVE
    • LIVRO
  • SEM PASSAGEM
  • SUSPENSAO E QUEDA
  • DE PASSAGEM
    • DE PASSAGEM
    • EXPOSICAO
    • INSTALACAO
    • PUBLICACAO
    • TEXTOS >
      • PARQUE-ABERTO
      • DESEJO + CERCAS
      • CANTO NOMADE
  • A PALAVRA
    • A PALAVRA
    • traslador-expo
    • espaco
    • universo-buraco-negro
  • TRASLADOR
    • TRASLADOR
  • MAQUINAS INUTEIS
    • MAQUINAS INUTEIS
    • Chuva
    • Absorva
    • Suspensao
    • Poeira
    • PUBLICACAO-maquinas
  • BARLAVENTO
    • BARLAVENTO
    • PUBLICACAO-BARLAVENTO
  • DESCONCERTO
  • TETO
    • TETO
    • teto
    • 3142610
    • vao01
    • vao02
    • solo
    • paraonada
  • CICLORITMOSCOPIO
    • CICLORITMOSCOPIO
    • criatura
    • palestra
    • breu
    • ordem
    • tempo
    • golem
  • CICLO.VISTA
  • CV
 Imagem
Texto e fotografias
​Nian Pissolati

 Imagem
 Imagem
 Imagem
 Imagem
 Imagem
Imagem
Imagem
Indicações para um roteiro do breu


Primeiro quadro:
Olhos fechados.
Um trilhão de milhões de pontos, muito pequenos e independentes, que mexem e se deixam levar pelo menor virar de olhos.

Segundo quadro:

Breu superfície. Risco, bola, cor, forma. Tudo depende do ângulo de locomoção dos olhos em relação a velocidade de ação.
Apertar os olhos é multiplicar, mudar a direção, enfim, configurar toda a

Terceiro quadro:

constelação em outras coisas.

Quarto quadro:

Por enquanto, de breu quase nada. É depois de algum tempo que as coisas mudam. O breu se formando, te tocando. Breu mergulho. Fundo, dentro do fundo todo que ele já é.

Quinto quadro:

Pausa. Quase-não-vivo. Alguns minutos, outros anos, ou coisa inventada.
Ínfimo-infinito. 

Sexto quadro:

O breu nunca é breu. Toneladas de pontos e movimentos estranhos. O breu é preto. Mais preto que o preto, e muitas outras cores. O breu é branco, o menor branco.

Sétimo quadro:

A estranha sensação de caber na maior menor coisa que existe.

Oitavo quadro:

Flutuar palavras, cair palavras, pendurá-las num canto mínimo do breu.

Nono quadro:

O breu começa a crescer por conta própria - evapora, liquefaz, dissolve.
Breu-cabeça-fora-da-cabeça.
Fundo mais fundo mas fácil de escapar.

Décimo quadro:

Mergulho no breu.

Décimo primeiro quadro:

Inventário.

​Décimo segundo quadro:

Não há tempo, nem máquina.

Décimo terceiro quadro:
Abandonar as últimas p   a   l   a      v       r       a          s
aruanml@gmail.com   |   flaviaregaldo@gmail.com